Conteúdo

A Annetta

Vilões invisíveis: porque a Annetta defende uma química segura

Postado: 02, , Dezembro 2021

No artigo anterior (se não chegou a ver, clica aqui), comentamos um pouco sobre como algumas boas escolhas que Miguel Annetta, fundador da empresa, fez acabaram se tornando parte de um propósito para a Annetta existir.

Um dos pontos mais importantes e que fizeram com que isso ocorresse, o maior motivador, foi criar uma marca segura.

Como comentamos lá, após seu período na Sumaré Tintas, hoje uma das divisões da americana Sherwin Williams, ele acabou adoecendo com uma condição extremamente rara em homens, o câncer de mama.

Durante sua carreira, ele ficou exposto continuamente a solventes, aditivos e pigmentos inorgânicos, os quais continham em sua composição compostos como o cobalto, chumbo, cádmio e outros que, hoje, são sabidamente carcinogênicos.

Muitos desses compostos, infelizmente, ainda são utilizados no ramo das tintas, principalmente para manutenção industrial - importante ressaltar que nós da Annetta não utilizamos nenhum destes em nossa composição.

Vamos a alguns exemplos práticos?

Alcatrão de Hulha, você já se deparou com esse nome?

O pessoal de Estações de Tratamento de Esgoto (E.T.E) e Estações de Tratamento de Água (E.T.A)  já deve ter ouvido falar bastante.

As tintas à base de epóxi (Alcatrão de Hulha), por se tratarem de anticorrosivos relativamente baratos e eficazes, são extensivamente utilizadas há décadas como proteção anticorrosiva em locais que precisam resistência à corrosão provocada por água salgada ou doce, e ainda se exige uma resistência a alguns agentes químicos.

Por ser de natureza oleosa, o Alcatrão de Hulha proporciona às tintas boas propriedades de alongamento e flexibilidade, que as fazem aderir muito bem a superfícies contaminadas. Além disso, esse composto possui função de fixação da cor, e possui um custo baixo. 

Porém, nele é possível encontrar inúmeras substâncias como fenóis, hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, enxofre, aminas aromáticas, benzeno, arsênio, cádmio, níquel e cromo, o que vem despertando crescentes preocupações com a saúde e segurança dos trabalhadores envolvidos com sua fabricação e utilização.

Os Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos (PAH), são classificados como cancerígenos, bioacumuláveis e tóxicos. A exposição a pequenas doses de PAH através do contato com a pele, inalação, ingestão, etc. pode provocar sérios problemas de saúde, incluindo irritações, eczemas, alergias, tumores e foto-sensitividade. E eles tendem a se acumular no organismo, potencializando ainda mais os riscos. Dessa forma, o Alcatrão de Hulha é considerado altamente carcinogênico para humanos.

Embora alguns países tenham estabelecido níveis máximos, bastante restritos, para a exposição ocupacional ao Alcatrão de Hulha, não existe nível seguro de exposição para materiais classificados como cancerígenos ou genotóxicos. Consequentemente, alguns países decidiram pela proibição total do uso de tintas à base de Alcatrão de Hulha. E, não, o Brasil infelizmente não é um deles.

Seu uso aqui ainda é permitido nas tintas. O que temos de regulamentação é uma lista, na qual ele está presente, de substâncias que não podem ser utilizadas em produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes, elaborada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

Entretanto, já existem tintas alternativas que têm sido testadas como substitutas e, claro, a Annetta possui uma! Trata-se do Affatar Mastic 4000, caso queira mais informações, dê uma olhadinha no site.

Agora, para aplicações não tão específicas, também é possível levantar outros pontos de atenção. Existem outros aditivos e pigmentos inorgânicos, como o tetróxido de chumbo, molibdato de chumbo e cromato de chumbo, que são utilizados para conferir tonalidades de amarelo, laranja e vermelho, e apresentam um baixo custo quando comparados a outros pigmentos coloridos.

Vamos a outro exemplo. Já ouviu falar de zarcão? 

A "tinta zarcão” é uma emulsão em óleo empregada em razão das suas propriedades anticorrosivas (devido ao tetróxido de chumbo), normalmente aplicadas em superfícies de ferro, como proteção contra a ferrugem. Hoje, existem diversas tintas no mercado que permanecem com o nome zarcão e não utilizam mais esse pigmento. Para um bom substituto da tinta zarcão: Affalux 394 primer, caso queira mais informações, só clicar aqui.

É preciso ficar de olho! A tinta precisa cumprir com NBR: 11702 e ser isenta de chumbo. Entretanto, note: isso regulamenta tintas de uso civil somente. No Brasil, ainda, há a Lei 11.762/2008, a qual limita o teor máximo de chumbo em tintas imobiliárias e de uso infantil e escolar, vernizes e materiais similares. Entretanto, ainda não existe nenhuma legislação que descreve esses valores máximos para tintas industriais, especificamente. 

Não existe um nível conhecido de exposição ao chumbo que seja considerado seguro. Quando utilizado nas tintas, representa risco de envenenamento, especialmente, para crianças pequenas que podem inalar ou ingerir por meio da poeira doméstica ou lascas de tinta. Isso pode ter impactos na saúde ao longo da vida, incluindo: dificuldades de aprendizagem, anemia e distúrbios em habilidades de coordenação, visual, espacial e de idioma.

E, para ficar mais didático, vou recomendamos um filme que trata justamente disso. Já assistiram o filme: Erin Brockovich: uma mulher de talento? Aqui está o link do trailer.

Neste filme, Julia Roberts interpreta Erin Brockovich, uma mãe de três filhos que, depois de muitos altos e baixos, consegue um emprego em um pequeno escritório de advocacia. Sem nenhuma educação formal na área do direito, ela lida com os desafios diários. Devido um caso pro-bono do escritório, a personagem descobre que a água de uma cidade no deserto está sendo contaminada (justamente pelo uso de cromo em revestimentos anticorrosivos em torres de água de uma indústria) e desencadeando doenças entre seus habitantes. Ela convence seu chefe, então, a deixá-la investigar o caso. Erin usa todas suas habilidades para convencer os cidadãos da cidade a cooperarem com ela, fazendo com que tenha em mãos um dos maiores cases jurídicos da história dos EUA. E a história é verídica!

Assistam, é imperdível!

a gente guarda estatísticas de visitas para melhorar sua experiência de navegação, saiba mais em nossa política de privacidade.

Entendi!